10 de julho de 2010

boa noite, cinderela

Oh,
e quem poderia imaginar
que no meio da valsa louca
feito do pó de negras pilastras
e de galhos relvosos
os pés dele
do jovem princípe
oh, os raivosos
e bêbados pés
iriam enforcar
teu passo
frágil
e com
o seu peso
fariam soar dentro
de tua carne não-vivida
doze badaladas
na forma de finos
cacos de vidro,
céus
e domos
quem poderia
?

6 comentários:

  1. só mesmo um poeta como tu

    (ã? como tu, hein?!)


    óóteeemo, piá!

    abração!

    ResponderExcluir
  2. Viu? É por isso que deixo os versos para os mais experientes... hehe
    Muito bom!

    Beijos!
    Ana

    ResponderExcluir
  3. Versos espetaculares nessa valsa quase-trágica...

    Quem poderia imaginar???

    Adorei, Eduardo!

    Beijos, Moni

    ResponderExcluir
  4. céus
    são
    domos

    (os
    seus,
    pelo
    menos)

    .

    ResponderExcluir