oi, tudo bem?
há quanto tempo não te vejo
um trem-ave me atravessando
demorasse mais um tanto
não te reconheceria, desejo
vai se o desejo, vêm os vícios
cigarros fumados
têm seu quê de aprendizado
têm seu quê de aprendizado
difícil medir o mal
sem vivalma do meu lado;
por todos os lados
um trem frenesi
me atravessando
sem freio
sob o fogo
sem vivalma do meu lado;
por todos os lados
um trem frenesi
me atravessando
sem freio
sob o fogo
simulacro
dos vícios
dos vícios
oi, você está?
há quanto tempo não te vejo
um trem-flor me atravessando
pintasse a boca mais um tanto
há quanto tempo não te vejo
um trem-flor me atravessando
pintasse a boca mais um tanto
não te reconheceria, desejo
me engajo sempre nessa fuga
cachoeira acima contramão
com a luz cortada
ainda segue o trem
ainda segue o trem
aos sacolejos na imensidão;
o impulso ao nada
o impulso ao nada
movimenta-o mesmo assim
falar sobre o objeto de desejo
é afastá-lo um pouco mais de mim
que mais posso fazer para além
que mais posso fazer para além
de via linguagem sair desse mim?
trilhar os trilhos os trilhos de si
como objeto trem em movimento;
espatifar o céu de estrelas
nos olhos dos bichos me escondê-las
pela beleza como as abelhas
morrer fruto na palavra fim
oi, que há por aí nas antenas?
oi, que há por aí nas antenas?
Um comentário:
eu sei q isso ta uma porcaria
assim que der tentarei arrumar
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