14 de abril de 2014

Esta égua que pasta a geografia
de meu túmulo
deu-me
o leite dos infernos.
Na emboscada do cio
seu fogo
fustigou-me o fígado
e fê-lo
estigma, lama. E a sina,
do verbo corrompido fez o signo-fruto
corroído
que ela enterrou e canta.
SEU COICE FOI INFINITO.

*

Max Martins
Extraído de "Não para consolar", Edições CEDUP, 1992.

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