Era no tempo dos animais:
eu me jogava de prédios
para poder elogiar-lhes a forma
naquele tempo ainda podíamos
ir à praia com nossas bicicletas
imaginárias e sonhar o fim da distância
não havia oriente ou ocidente
só um sol violento
que nascia e se punha
cada dia em diferentes olhos
agora está tarde, mas ainda arde o dia
e, por trás dos prédios, a mesma linha
do horizonte lembra:
continua necessário fundar
novas formas de fazer
o afeto o trabalho a revolta
nada de fato mudou - se assim prefere
já não temos mais a lanterna de Millôr Fernandes
mas ainda cisma a ferramenta linguagem
peça de todo máquinário
mãe de todos os dedos, credos e sistemas
o nosso Que-dá-nome-às-quedas-&-partos da Silva Nhe’eng Dimatekenu
pela linguagem renascemos e do futuro a vós falamos
eu me jogava de prédios
para poder elogiar-lhes a forma
naquele tempo ainda podíamos
ir à praia com nossas bicicletas
imaginárias e sonhar o fim da distância
não havia oriente ou ocidente
só um sol violento
que nascia e se punha
cada dia em diferentes olhos
agora está tarde, mas ainda arde o dia
e, por trás dos prédios, a mesma linha
do horizonte lembra:
continua necessário fundar
novas formas de fazer
o afeto o trabalho a revolta
nada de fato mudou - se assim prefere
já não temos mais a lanterna de Millôr Fernandes
mas ainda cisma a ferramenta linguagem
peça de todo máquinário
mãe de todos os dedos, credos e sistemas
o nosso Que-dá-nome-às-quedas-&-partos da Silva Nhe’eng Dimatekenu
pela linguagem renascemos e do futuro a vós falamos
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