Esses teus olhos,
tão frios, cheios de miados e ganidos seguros
fitam-me, enlaçam e remetem meu coração
à primeira fila do sub-desentendimento.
Esses teus olhos estranhos
procuram os meus por um motivo masturbante,
menina selvagem travestida de porcelana chinesa,
Porcelana vagabunda com requintes de gata no muro
Esses teus olhos frios, mendigos
estendem suas mãos e recusam e devolvem o troco:
olhos de brasa angélica, gélica de gelo ardente.
Como um soneto sem versos,
Esses teus olhos, se teus mesmo,
Assustam-me, pois não fazem sentido.
31 de agosto de 2008
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