I
Às vezes, à janela de um edifício qualquer
deparo-me com uma situação qualquer:
a de se matar.
Janelas abertas são convites
à reflexões impulsivas
filosofias irracionais
e tantos outros oxímoros.
Defenestrar-se ou não. Eis a questão.
Seria engraçado, se não fosse tão comum.
II
Elas tremem.
Não por medo,
nem dor
(cansaço parece, mas não é)
e também não é um ataque de riso.
Elas vibram.
Não é gozo, nem soluço, nem choro, nem febre.
O que é então que se manifesta nelas?
Todo o mundo lá embaixo...
E eu não pulo! E eu não pulo!
Sinto tudo o que poderia ser sentido nelas.
-- Nelas quem? São as idéias?
Não, meu querido, romance errado...
Elas... elas são as pernas.
(Início de 2008)
2 de maio de 2009
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