O escritor estava com o conto na cabeça há duas semanas.
Frio e sucinto como uma barra de ferro, o conto deslizava na cabeça do escritor.
Passou dias trancado em seu quarto. ele e o conto.
O conto precisava sair, era sua vida!
E nesse misto de trabalho e angústia, madrugadas e cafés consumiam-se.
E o conto se alterando, a mão tremendo, a obra-prima, o sonho primeiro e último.
E o conto sempre apontado, quase saindo, na cabeça.
Um dia, não aguentou mais aquele conto apontado pra cabeça. Atirou-o rapido e livramente no jornal.
Tinha apenas 24 anos, o escritor:
Mil reticências para o pobre!
26 de junho de 2010
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2 comentários:
Genial, genial!
Parabéns, Eduardo!
Todo escritor deve se identificar com seu conto! Ao menos eu me identifiquei muito...
Beijos.
Ana
e uma exclamação também,
ora não!
rsrs.
ótemo ótemo, guri!
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