11 de abril de 2009

Meu retrato na parede

Linda criança, rosto de anjo!
Como eu queria ser você novamente...
Doçura me falta, rudeza eu esbanjo
Enquanto você ri, chora, não mente.

Talvez eu ainda seja você, meu arcanjo
Talvez você não tenha sumido, somente
Saiu para colher flores para o arranjo
Que daremos à nossa mãe, docemente...

Somos o mesmo ser, mas somos irmãos
Peço que retorne; brinquemos juntos!
Desça dessa parede; dá-me tuas mãos!

Peteca, bola, pipa, carrinho-de-mão
Há tantas brincadeiras, tantos assuntos
Que esqueci! Relembre-me! Dá-me tuas mãos!


(Início de 2008)

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