corpo de palavras:
o gesso nunca falou tanto
A cama desfeita, teu corpo assim tombado
sinuoso:
palavras estranhas
costas geladas, boca seca
o que, então, me atrai?
agora vejo que te falta um seio,
falta-te o seio esquerdo
teu pulso é lascado:
palavras exigem reticências
lambo
recito
olho
me faço teu pedestal
por que sei e não sei o que me atrai
esse teu seio esquerdo
cada vez mais presente
cada vez mais perto
e ele me vem na boca
e ele me vem na boca
vem, reticências, vem
e ele me vem, mas volta
e volta, revolta
esse teu seio
cada vez mais esquerdo
cada vez mais palavra
que palavra?
que palavra?
9 de agosto de 2009
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