9 de fevereiro de 2010

Bilhete para uma única interpretação

Eu vi uma velha na rua, ontem
"E daí que você viu uma velha na rua ontem?" -- você deve estar pensando isso.
Sei lá...
Quando a vi passar, pensei que nunca mais a veria,
pois não a conheço e a cidade é grande.
E se eu a revesse, por acaso,
não lembraria dela,
e seria, novamente,
a primeira vez que eu a veria.
Mesmo retornando, ela passaria sempre apenas uma vez na minha vida.
(Sente a contradição da frase?)

Sabe, amor
eu queria que você fosse como a velha. A velha quer vi ontem, na rua.




NOTA: ô, pessoal. Deem um desconto. Esse poema faz parte da série "poemas adolescentes que desenterrei do baú para tão-somente atualizar o blog" Em breve posto coisa nova. Com mais qualidade, juro. x)

2 comentários:

Thaís V. Manfrini disse...

Diverso do que tenho lido por aqui ultimamente, até atordoante.

Eduardo Silveira disse...

é, ando com saudade de escrever poesia. mas quedê?