8 de novembro de 2009

não era dança

à Daia

horizonte que eu trago nas braços,
fogo silencioso que colho na noite,
é você quem embala o menino irrequieto que sou
o mundo hoje tem o dobro de faces do que tinha ontem
antes eu tinha um relógio: agora desato nós de horas
minha memória, hoje, é feita de fotos de futuro:
a chuva que cai lá fora agora me encharca

tenho me descoberto.
novos espelhos. tudo mudou.
agora reexperimento as palavras
(às vezes, me assusto. Vai passar?)

tenho me inventado.
aprendi em teus gestos em falso
e sorrisos soltos
que meus olhos sempre se debateram
em guerra:
não era dança
hoje sou mais menino do que nunca

horizonte que trago nos braços,
fuga anunciada no meio da multidão

já nem sei onde estão meus olhos
procura-os em teu corpo
e acalanta-os

6 comentários:

Juliano Riechelmann Maciel disse...

BAAAAAH... Cara, sem palavras... Como diria a Pitty: FODA!

O.o cara... putz...

Eduardo Silveira disse...

haha
legal! :)

Camila Fortunato disse...

Meu Deus...Sem palavras...Lindo demais!!! :D
Abraço!

ítalo puccini disse...

tais inspirado, hein?!

:)

bonito mesmo.
parabéns.

aos dois ^^

Daiane da Silva disse...

Sempre!...

Eduardo Silveira disse...

S2