6 de dezembro de 2009

carta aberta do poeta trágico

você,

hoje abri dez vinte livros de poemas, de bons poetas
e escamote-ios
como se precisasse de paixões

e meu consolo é que
sob essas figuras baixas e pobres de linguagem
que tento reproduzir
dorme a língua
lépida e lírica
que transita entre teu sexo, as chagas, e os poemas dos outros

miserável

Eu