Meu cravo encarnado, meu manjericão
Dá 3 pancadinhas no meu coração... (lento, em cantilena)
vai embora o velho amor
no mesmo trem desce outro novo
cansado de amar me faço nuvem
e eu chovo eu chovo e chovo
vai embora o velho amor
vai de jegue, a trote lento
e por isso me atormento
vai embora o velho amor
vai a jato, vai de avião
mergulho então na cachorrada
embarco na carreta furacão
Vão rodando vão se amando
O amor velho e o amor novo
Vai girando meu planeta
Entre o sol e a lua
O que quer que eu peça ao vento
acabo sempre na mesma rua
Na mesma rua!
Na mesma porta mesma cama
meus versos se enroscando
pelas tuas costas nuas
Já não quero essa roubada (lento, parodicamente em cantilena)
Eu amo mesmo a cachorrada
Vem chegando novo amor
chamo ele então pra roda de Ratoeira
Pra comigo a dois trovar
Tecer o canto, o rolê das rendeiras
Pq além de fazer verso
homem tem que saber fiar!
Vem chegando novo amor
Chamo ele então pra roda de Ratoeira
que resiste na Caeira
Pra fisgar sua atenção
Mas você me escapa na Capoeira
Você Me escapa feito um rio
a cortar meu coração
Você sempre tão envolvente,
chamando nas ideia divergente
Com seus mil corres, lutas e fitas
Fora as responsa fora o batente
Fora essa foda em frações capitalistas
Foda-se esse amor monocultivado!
A plantar organicamente amor no mundo
eu e você lado a lado
Te amar no Moçambique,
Te amar no Campeche,
Te amar na Galheta
Ser pescado por teu pau na minha boca
Navegar nas águas da tua buceta
Foda-se esse amor monocultivado!
Esse amor mídia que se faz
hoje no presente pelas redes
É muito mais careta
que o que se fazia
Em outras redes em
Em anos passados
Hey, Te amar no Carianos
por muitos e muitos anos
Te amar no Rio Vermelho
fodendo igual dois coelhos
Te amar no Monte Verde
Eu e você contra a parede
meu cravo encarnado, meu manjericão (ágil, mesmo tom das outras estrofes)
três tapas bem dados nesse rabão
meu galho de malva, meu buquê de flor
te encontro na esquina entre o prazer e a dor
chega depois de muitos anos
com um segredo pra contar
já não sou mais o mesmo
meu corpo fora de qualquer lugar
chega depois de muitos anos
com um segredo pra contar
cola então no meu ouvido:
me aperta forte vou gozar
chega depois de muitos anos
com um segredo pra contar
supero o ranço que de ti tenho
e enfim me ponho a te escutar:
"falaí cuzão, se não falou (Usar voz / posição no mic pra indicar novo personagem)
que queria falar
falaí, te dou uma estrofe:"
meu cravo encarnado, meu manjericão (em cantilena, reduz o ritmo nos 2 versos finais)
dá três pancadinhas no meu coração
meu galho de malva, meu buquê de flor
nascestes no mundo para ser meu amor...
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