11 de junho de 2023

Ratoeira (Roteiro)



Meu cravo encarnado, meu manjericão
Dá 3 pancadinhas no meu coração...         (lento, em cantilena)


vai embora o velho amor

no mesmo trem desce outro novo

cansado de amar me faço nuvem

e eu chovo eu chovo e chovo


vai embora o velho amor

vai de jegue, a trote lento 

e por isso me atormento

vai embora o velho amor

vai a jato, vai de avião

mergulho então na cachorrada

embarco na carreta furacão


Vão rodando vão se amando

O amor velho e o amor novo

Vai girando meu planeta

Entre o sol e a lua

O que quer que eu peça ao vento

acabo sempre na mesma rua

Na mesma rua!

Na mesma porta mesma cama

meus versos se enroscando

pelas tuas costas nuas


Eu não quero o teu amor
Já não quero essa roubada          (lento, parodicamente em cantilena)
Eu não quero o teu amor
Eu amo mesmo a cachorrada


Vem chegando novo amor

chamo ele então pra roda de Ratoeira

Pra comigo a dois trovar

Tecer o canto, o rolê das rendeiras

Pq além de fazer verso

homem tem que saber fiar!


Vem chegando novo amor

Chamo ele então pra roda de Ratoeira

que resiste na Caeira

Pra fisgar sua atenção 

Mas você me escapa na Capoeira

Você Me escapa feito um rio

a cortar meu coração

 

Você sempre tão envolvente,

chamando nas ideia divergente

Com seus mil corres, lutas e fitas

Fora as responsa fora o batente

Fora essa foda em frações capitalistas


Foda-se esse amor monocultivado!

A plantar organicamente amor no mundo

eu e você lado a lado

Te amar no Moçambique,

Te amar no Campeche,

Te amar na Galheta

Ser pescado por teu pau na minha boca

Navegar nas águas da tua buceta


Foda-se esse amor monocultivado!

Esse amor mídia que se faz 

hoje no presente pelas redes

É muito mais careta

que o que se fazia

Em outras redes em

Em anos passados


Hey, Te amar no Carianos

por muitos e muitos anos

Te amar no Rio Vermelho

fodendo igual dois coelhos

Te amar no Monte Verde

Eu e você contra a parede


meu cravo encarnado, meu manjericão            (ágil, mesmo tom das outras estrofes)

três tapas bem dados nesse rabão

meu galho de malva, meu buquê de flor

te encontro na esquina entre o prazer e a dor


chega depois de muitos anos 

com um segredo pra contar

já não sou mais o mesmo

meu corpo fora de qualquer lugar


chega depois de muitos anos

com um segredo pra contar

cola então no meu ouvido:

me aperta forte vou gozar


chega depois de muitos anos

com um segredo pra contar

supero o ranço que de ti tenho

e enfim me ponho a te escutar:


"falaí cuzão, se não falou              (Usar voz / posição no mic pra indicar novo personagem)

que queria falar                          
falaí, 
te dou uma estrofe:"


meu cravo encarnado, meu manjericão (em cantilena, reduz o ritmo nos 2 versos finais)

dá três pancadinhas no meu coração

meu galho de malva, meu buquê de flor

nascestes no mundo para ser meu amor...



Nenhum comentário: