2 de dezembro de 2013

E COMO NÃO HÁ ESPAÇO PARA O QUE GERAMOS
E nenhum sábado se mostra aberto a receber nossas dores
Você faz a promessa:

Um dia
A gente vai rir
De tudo isso.

Vamos?
Chegará tal dia?
Ou haveremos de dormir no meio da vigília,
Cochilar no ônibus
Perder o ponto
e o horário?

Quando você diz:

Um dia
A gente vai rir
De tudo isso

Eu penso no calendário Maia
No dia 37 de Março
na sétima-feira
Penso em dias que não existem
Em anos trissextos e tristes
Num show de stand-up
Um sujeito bizarro contando para a vasta plateia a nossa história desencontrada
e todos rindo
eu & vc,
na mesma mesa,
rindo
Um dia
lindo
e a gente
rindo
de tudo
aquilo.

Um comentário:

Enzo Potel disse...

o final brilha. arrazou.