Conheces muito bem, bailarina
a tua estrutura.
Teu corpo é carne mole
forma de criança
Não é mulher, não é máquina
não é o que se mostra
és a dor,
a arritmia muscular
a eterna repetição
Ouves muito bem, menina
tuas pernas a chorar e chorar
Ninguém existe quando te movimentas
teu corpo é o mundo
teu corpo é a tração do mundo
é atração do mundo
Desejas muito bem, pequenina
o aplauso indiscreto,
pois nele goza tudo aquilo que acumula na dor.
Dança, menina, dança
Goza, menina, goza
teus passos egoístas são louváveis
tua mentira é deliciosa
bailarina
goze, menina
que eu me contento em olhar
24 de julho de 2009
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